A importância da colocação do declarante

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Ada Louro- Joao Fanha
Ada Louro- Joao Fanha
Luis Correia
Luis Correia

Uma mão do Grande Premio de Portugal, que nos adverte sobre a importância da colocação do declarante. Foto: Ada Louro-João Fanha (Traduccion Al Portugues Sr. Luis Correia…MUCHAS GRACIAS LUIS…)

16 de maio 2013  

Em 14 de maio no Estoril, Portugal, começou a jogar-se o tradicional Festival Internacional de Bridge do Estoril, considerado o Grande Premio de Portugal. Este ano no Torneio de Equipas estão a participar 21 equipas e depois de 6 das 9 rondas totais a equipa Fanha (Ada Louro – João Fanha – Miguel Gonçalves – Mari Carmen Corral) tomou a dianteira.  

Na Ronda 6 a equipa Fanha enfrentou a equipa de Sofia Pessoa a quem ganhou o encontro por 24 a 12, a mão 18 deu à equipa os 12 IMPs de vantagem e o encontro.

Mão 18

Depois de três passes Norte abriu em 1 (alertado como podendo ter duas cartas), Sul respondeu 1 (alertado “sem ricos”), Norte saltou para 2ST e Sul fechou partida em 3ST.

Sofia Pessoa saiu à sua quarta carta de espadas.

O declarante ganhou na sua mão com a Q e jogou a Q, Oeste ganhou com o A e voltou o 10. O declarante ganhou com o A, adiantou o K, foi ao morto em paus com a Q e jogou um oiro. Este ganhou com o seu valete mas como também tinha o K, já não havia nada a fazer e o declarante tinha as suas 9 vazas.

Na realidade sendo Norte o declarante a única saída que cabida o contrato é a saída a copas… mas quem pode culpar Este por não a ter escolhido…

Na outra mesa o leilão foi muito activo e ao colocar o declarante do outro lado da mesa, deu aos defensores muitas mais oportunidades de derrotar o contrato…

Depois de três passes Norte também abriu em 1 mas agora Ada Louro em Este utilizou o seu espaço para dobrar (mostrando 10+ depois do seu passe inicial, e cartas nos ricos). Sul mostrou os seus oiros quintos e João Fanha mostrou as suas copas, Norte fez um cuebid de força, Pina mostrou o seu segundo naipe, Paulo Pereira continuou com a sua paragem em espadas e Sul finalmente com paragem a copas fechou em 3ST. 

Agora a saída era de Oeste que escolheu sair com o seu 10 e Norte foi quem expôs as suas cartas o que deu aos defensores toda a informação necessária para derrotar o contrato.

Depois de ver o 10 na mesa o declarante jogou o J e Ada Louro ganhou a vaza com o seu K. Ada vendo as três copas vis do morto continuou com o seu A, e Q… e quando ambos fizeram vaza, continuou com o 3.

O declarante ganhou a volta com o K da sua mão mas já não pode fazer nada para não perder o A e a quarta copa já apurada pela defesa, para ir para o cabide. 

Sem dúvida esta mão mostra a importância de colocar o declarante de maneira tal que a mão mais fraca fique na mesa para não dar à defesa toda a informação necessária para desenvolver a melhor defesa…